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Mensagens

A mostrar mensagens de 2007

Do forno, quentinho, quentinho

Para quem não sabe ainda o que me oferecer no natal, eis uma boa ideia acabadinha de existir: Descrição na Amazom: Regard for George Oppen's poetry has been growing steadily over the last decade. Peter Nicholls's study offers a timely opportunity to engage with a body of work which can be both luminously simple and intriguingly opaque. Nicholls charts Oppen's commitment to Marxism and his later explorations of a 'poetics of being' inspired by Heidegger and Existentialism, providing detailed accounts of each of the poet's books. He is the first critic to draw extensively on the Oppen archive, with its thousands of pages of largely unpublished notes and drafts for poems; in doing so, he is able to map the distinctive contours of Oppen's poetic thinking and to investigate the complex origins of many of his poems. Oppen emerges from this study as a writer of mercurial intensities for whom every poem constitutes a 'beginning again', a freeing of the mind

Ideias para o pai natal

Seguem-se os primeiros parágrafos destes dois romances de José Rogrigues dos Santos que “roubei” (os extractos) no Jumbo; negritos e sublinhados meus. “Quatro. O velho historiador não sabia , não podia saber , que só lhe restavam quatro minutos de vida. O elevador do hotel aguardava-o de portas escancaradas e o homem carregou no décimo segundo botão . O ascensor iniciou a viagem e o seu ocupante admirou-se ao espelho . Achou-se acabado, viu-se calvo no topo da cabeça, apenas tinha cabelo por trás das orelhas e na nuca ; e eram cabelos gastos, alvos como a neve, tão brancos quanto a barba rala que lhe escondia a cara magra e chupada , riscada por rugas profundas, arreganhou os lábios e analisou os dentes desalinhados, amarelos de tão baços , com excepção dos falsos que lhe tinham sido implantados, eram esses os únicos que respiravam uma saúde nívea de marfim. Três. Um tim suave foi a forma encontrada pelo elevador para lhe anunciar que tinha chegado ao destino, era favor o ocupant

Matrix

Os quilolitros de preto, as toneladas de pasta de árvore, os quilowatts de pensamentos consumidos com a sandice Chavez vs. Juan Carlos só me dão para pensar numa recente entrevista que Carlos Fiolhais deu, salvo erro, ao JN. Perguntava-lhe o entrevistador: - Alguma vez a Inteligência Artificial poderá ser tão totalizante como nessa fábula cinematográfica? ( sobre o filme Matrix ) Resposta do físico: - Não. Eu tenho mais medo da estupidez natural do que da inteligência artificial.

Ordem de trabalhos

falemos em caligrafia e em silêncio falemos de como há tempo na intermitência da luz e de como os pássaros vingam nem sempre falemos de ontem da vibração dos edifícios e de como as cores se concentram em volta falemos de grandezas absolutas tomemos horas e aviemo-nos de caminho David Augusto Fernandes

Travian: romanos, gauleses e teutões

Chama-se e é um jogo. O objectivo é criar, desenvolver e expandir uma aldeia. Saquear uma aldeia vizinha é apenas umas das formas de aumentar os stocks de cereais, madeira, ferro e barro. Criar ou juntar-se a uma aliança com outras aldeias é também possível. À primeira vista é um jogo complicadíssimo. Nada mais errado: a forma gradual como as "coisas" nos vão aparecendo como que nos ajuda a ir percebendo o funcionamento do jogo sem stress. Para jogar basta um browser e, claro, acesso à internet. Não custa um centavo, não exige praticamente atenção e é muito divertido. Uma aldeia O centro da aldeia As redondezas Relatório de um ataque Interessado?? Clique aqui (se se registar a partir deste link eu ganho alguma coisita para a minha própria aldeia; preferindo o link directo sem benesses para moi méme, clique aqui ) Registe-se e experimente. Vá seguindo as dicas que o próprio sistema lhe vai fornecendo e, tendo tempo, procure informação ... no google por exemplo; "é aos mil

Porque compro alguns livros

"Quero deixar memórias dos dias que não foram, lembrança do tempo roubado e do torvelinho de emoções que agitou aqueles dias sem sol nem noite. Não quero falar da dor, só o necessário. A dor continua aí, encolhida, como um animal adormecido que às vezes acorda. Mas o sofrimento tem algo de impúdico quando se torna público. Ninguém quer enfrentar o horror, a ninguém agrada recordá-lo. Essa é sempre a vantagem do verdugo: as suas obras são tão horríveis que rapidamente caem no esquecimento." "Os demónios à minha porta" José Manuel Fajardo

Isto sim, é um espectáculo

Enquanto o Ricardo Costa, acometido de um inusitado ataque de autismo, perdia o sono a pensar na maneira mais eficiente de aumentar a velocidade da sua fuga em frente, o Destak fazia umas contas. Nem era preciso, toda a gente sabe: as prestações do crédito à habitação cresceram 20% nos últimos dois anos . Se pensarmos em quanto cresceram os salários .... pois é. Por isso, políticos, jornalistas da especialidade e demais mentirosos, peguem nas vossas continhas sobre a inflação e o poder de compra e metam-nas num sítio que eu cá sei. Imagem de uma cratera, acredito que, no planeta Marte.

Isto não é espectáculo

Pedro Santana Lopes abandonou, em directo na SIC-Notícias, entrevista interrompida por (também) directo da chegada de José Mourinho ao aeroporto de Lisboa. A jornalista da SIC Notícias que entrevistou Santana Lopes justificou que a interrupção da entrevista se baseou em critérios editoriais. « Não houve intenção de desrespeitá-lo, tratou-se de uma decisão editorial », afirmou Ana Lourenço à Agência Lusa, sublinhando que a SIC Notícias « é uma estação que trabalha 24 horas » e que a chegada do ex-treinador do Chelsea ao aeroporto de Lisboa era « um assunto da actualidade que fazia parte do alinhamento ». Lá que a chegada de José Mourinho era “um assunto da actualidade” não há dúvida, tanto que aconteceu!!! Agora, que fazia parte do alinhamento!?!?!?. Uau. Porquê? Algumas hipóteses: 1) Precisar a hora exacta da chegada? 2) Perguntar-lhe de onde vinha e/ou para onde ia? 3) Como tinha decorrido a viagem? 4) Verificar se viajava sozinho ou se, pelo contrário, era acompanhado pela mulher e/o

Palavras impossíveis de aturar

Confesso: há palavras que me irritam e inalienável é uma delas. Inalienável soa-me a dogma, a sim porque sim, não porque não, em suma: a argumento dos sem argumento. Hoje na TSF : " Os trabalhadores desta empresa (Valorsul) responsável pelo tratamento do lixo nos concelhos de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira, Amadora e Odivelas não estão a cumprir os serviços mínimos exigidos num protesto contra a discrepância de aumentos dados à administração (30 por cento) e aos funcionários (1,5 por cento). " " Em declarações à TSF, o sindicalista Delfim Mendes confirmou que a paralisação está a ter uma adesão de 80 por cento entre os cerca de 260 trabalhadores da Valorsul e que está terá consequências visíveis na acumulação de lixo nas próximas horas." Sabe-se: 1. O direito à greve é um daqueles inalienáveis. 2. A obrigação de serviços mínimos é alienável. 3. A vergonha de políticos e sindicalistas há muito foi alienada: aqueles a troco de votos, estes a troco de números (que

E para final conversa ...

Ele há mil e uma maneiras de manter uma conversa sem sentido, m as muito menos de a terminar de forma inequívoca. A propósito dos malfadados livros que não mudaram vidas, Abel Barros Batista (que eu infelizmente não conheço) citado pela Carla Quevedo (que eu também infelizmente não conheço) no bomba-inteligente diz: "A única maneira de tornar a conversa aceitável, digamos assim, seria propor a quem nos dissesse que certo livro não lhe mudou a vida: « Bom, vamos lá então saber que vida tem sido a sua… »" Genial.

A poesia

David Augusto Fernandes

A mulher mais sexy do universo

No próximo dia 4 de Outubro faz 61 aninhos. Credo!!!!!!!!
Anda por aí uma corrente sobre “10 livros que não mudaram a minha vida” a gerar grande debate. Tendo em conta o estatuto da maior parte dos “aderentes”, muitas das suas respostas são, no mínimo, surpreendentes; há quem as ache chocantes. Coloquei-me na posição de convidado da corrente e pus-me a olhar para as estantes aqui ao lado e não encontro um único que me tenha mudado a vida. Não são muitos; serão talvez uns 500 livros. Comparada com a biblioteca de qualquer um deles é ... miserável. É pois da esfera da lógica o problema que me assalta os miolos: como escolher (sim, trata-se de escolha) 10. Só vejo uma possibilidade: são os 10 livros que melhor não-mudaram a minha vida (os que possuem algo que os diferencia dos outros que também não-mudaram, só que menos, em menor grau portanto. Pergunto: não deverão ser estes os escolhidos?!?! Concordo com alguém (esqueci onde, peço desculpa) que disse que a pergunta era irrespondível. É, também me parece. Assim como me parece, estranhamente, tr
Américo de Sousa, no “retórica”, fala sobre a “ prioridade das impressões sobre as ideias ”. É um assunto que me interessa bastante, na verdade, desde que li o Edgar Morin no “As grandes questões do nosso tempo” onde, muito no início, fala de “a componente alucinatória da percepção”. Morin ilustra a ideia com um episódio vivido por ele próprio ao presenciar um acidente de viação em que um “2 cavalos”, passando indevidamente um sinal vermelho , chocou contra um motociclista. Morin confessa que juraria por tudo que o “2 cavalos” tinha passado o sinal vermelho. Acontece que pouco depois pôde comprovar com outras pessoas que presenciaram o mesmo acidente que, de facto, tal não tinha acontecido: de facto, quem havia passado no vermelho tinha sido o motociclista. Morin explica depois qual pensa ser o motivo da sua alucinada percepção, nomeadamente, a tendência para ajudar os mais fracos perante os mais fortes, etc. Não se pode dizer que o caso da jovem entrevistada, de que Américo de Sousa
um mundo possível de todos os lugares longe como ontem tu és talvez o mais próximo; sei-o porque estendo e sinto-te o contorno fronteira inviolada. mas um corpo é um país sem língua conhecida a viver em desgoverno por isso os gestos e os equívocos são muito necessários. recuaremos ao tempo da formação das ilhas, da medição dos espaços com aparelhos imprecisos, do fogo a forjar objectos nunca vistos; recuemos até antes das florestas quando paisagem não se dizia assim. David Augusto Fernandes
Larry Craig é (era) senador republicano há 16 anos consecutivos. Era, porque se demitiu; parece que foi apanhado em comportamento impróprio com um polícia à paisana no urinol do aeroporto de Minneapolis. A historieta, enfim, tem contornos de delírio. Então um senador de 62 anos, conhecido pela sua luta contra os casamentos gay, oposição à presença de homosexuais nas forças armadas, é apanhado num urinol de um aeroporto (não é na casa de banho; é no urinol) em comportamentos impróprios com outro homem? Não teria o homem forma mais discreta de saciar o seu gosto por "maçaroca" - na expressão de Eduardo Pitta? Parece que o senador foi conduzido à polícia, se declarou culpado de “conduta lasciva” e pagou uma multa de 500 dolares. Eh pá; eu até nem sou nada de teorias conspirativas, mas que a história me soa estranha, lá isso soa. Enfim, o tipo demitiu-se e portanto, raciocínio consequente, assume a sua condição. Eduardo Pitta não só dá eco à estória, como contextualiza o episódi
O Vento Posso ouvir o vento passar assistir à onda bater mas o estrago que faz a vida é curta pra ver... Eu pensei que quando eu morrer vou acordar para o tempo e para o tempo parar. Um século, um mês, três vidas e mais um passo pra trás? Por que será? ...vou pensar. - Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? - Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer e isso, eu vi, o vento leva! - Não sei mas sinto que é como sonhar que o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer... e isso por que? Diz mais! Uh, se a gente já não sabe mais rir um do outro meu bem então o que resta é chorar e talvez, se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas. Um século, três, se as vidas atrás são parte de nós. E como será? O vento vai dizer lento o que virá e se chover demais a gente vai saber, claro de um trovão, se alguém depois sorrir em paz. Só de encontrar... ah!... Rodrigo Amarante Los Hermanos
20 minutos sem nada de especial para fazer: "Paranoimia" - The Art of Noise "Cruel Summer" - Bananarama "Manic Monday" - The Bangles "Can't stop the Ranch"- Bunnyranch "Talking Hearts" - Carla Bley São Vicente di longe" - Cesária Évora A ordem é alfabética. Isto deve querer dizer alguma coisa.
Passo todos os dias pela livraria depois de almoçar. Agora ando atrás de livros/revistas/sites sobre vela. Pois é; vou construir um veleiro e correr mar. Adiante. Passo pela livraria e hoje havia “novidade”: PÂNICO de Jeff Abbott. Na capa do livro pode ler-se: “Um dos melhores livros do ano” e quem o diz é Harlan Coben . Espantosas coisas se dizem ... e a gente nem refila. Como é possível alguém, mesmo que seja Harlan Coben (seja ele quem for), dizer semelhante coisa? Não é o raio do artigo indefinido que me irrita. É o facto de Harlan Coben ter lido TODOS os livros do ano. Adenda às 16:46 Pensando melhor, afinal não precisa de ter lido TODOS os livros. Num certo sentido o que ele diz é uma verdade absoluta. Imaginemos que no ano se publicaram 10000 livros. O pior deles, é ainda assim um dos melhores; mais precisamente o 10000º melhor.
Se um poema existe apenas na leitura, então, devo dizer que há poemas sem sentido. Nada. Não apontam nada, sítio nenhum. Uma coisa inútil. Uma lástima. Claro que ao poeta (o autor, o criador) não se lhe podem assacar responsabilidades. Não acho que seja questão de ter ou não ter respeito pelo poeta. Como em poucas actividades, não é fácil (pelo menos a mim) descobrir um falsário. Aí talvez fizesse sentido a questão do respeito ou desrespeito. Não é o caso. Não é fácil, mas também não é impossível. A poesia é liberdade, arrisco: do poeta e do leitor; estão muito bem assim cada um no seu fazer e se o acaso aparece de permeio, seja bem vindo. Cito George Oppen que numa entrevista, falando de Ezra Pound (que dizia que a poesia devia ser tão boa como a prosa) disse mais ou menos o seguinte: "a poesia deve ser tão boa como a prosa, etc." Esta era a frase de Pound à qual Oppen acrescenta: "deve aliás ser tão boa quanto o silêncio absoluto". Acrescento que George Oppen fale
A maravilha dos livros Há livros que maravilham. Uns inteiros outros menos. Algumas vezes nem se sabe bem porquê. É assim. "Hoje não" do José Luís Peixoto, editado pelas Quasi (1) e distribuido baratinho com a revista Sábado (2) reune seis contos, cinco deles anteriormente publicados no Jornal de Letras, apresentando este volume versões revistas dos mesmos. Este livro, não é um daqueles que maravilha inteiro, tão pouco é daqueles que deixa marca nas células do corpo que nasceram durante a sua leitura. Seja como for é um livro delirante, absolutamente delirante. Veja-se bem o que podemos ficar a saber ao lê-lo: "O que fazer quando se recebe um avião comercial de passageiros" "Como reagir à queda súbita de todos os dentes" "Como comunicar com a melhor poetisa do Quirguistão" "Quem inventou o :)" O que me leva a escrever algo sobre este livro são duas frases (duas!!!) no conto ":-) e :-(", precisamente o único inédito. "
1 - O que farias se te dissessem: tens 1 minuto de vida? - Respirar como sempre faço. E decerto que não ia pensar nisso. É uma resposta consequente: aparentemente, em 1 minuto não é possível fazer muita coisa; provavelmente, não seria sequer suficiente para pensar na situação. E essa é a questão: não há forma de se saber se vale ou não a pena pensar.
Valores para o nosso tempo Ando sempre atrasado. Sempre. Só por estes dias me tenho entretido com o livro “Impasses” - aquele ali - e confesso: estou rendido à sua clareza, ao seu “despreconceito”, à coragem dos autores. É uma daquelas obras brilhantes, de interrogação, de convite à abertura de espírito, de convite ao pensamento LIVRE. Notável. Deu-me para pesquisar reacções ao dito livro e claro – confesso aqui um cheirinho de preconceito - já sabia o que iria encontrar. A maioria das críticas aparecem em blogs (quer sob a forma de posts quer sob a forma de comentários) e em meia dúzia de linhas (às quais terão dedicado alguns minutos - em duas penadas portanto) pretendem contrariar – com ou sem argumentos - o que os autores procuram dizer num livro ao qual terão dedicado, no mínimo, algumas semanas; enfim. Não me parece que se possa categorizar estas críticas como má fé; são apenas fruto de “indigência intelectual”. Já quanto a um artigo que encontrei no Esquerda (1), bom, má fé pen
O meu chapéu cinzento é um livrinho admirável de Olivier Rolin e compra-se por 1.50€ O texto da badana diz: "O Meu Chapéu Cinzento, de Olivier Rolin, transporta-nos, numa extraordinária viagem, da Alexandria de Cavafy e Durrell à Lisboa de Fernando Pessoa, à Atenas de Melina Mercouri, à Goa de Tabucchi, aos Açores de Antero e dos pescadores de baleias... Recusando embora a classificação de escritor de viagens, Rolin demonstra aqui, porém, a velha e frutuosa ligação que a viagem e a literatura estabeleceram desde que Homero fez Ulisses voltar a Ítaca..." Para abrir o apetite: "... as viagens não são mais do que veleidades de exílios, tal como há suicídios falhados." "As línguas são monumentos tão interessantes como as Pirâmides ou o Parténon. Por que não havemos de visitá-las? Não traríamos delas recordações?" "... Cavafy escreveu isto, que não tem nada de genial: é simplesmente bastante verdadeiro." "Lemos um desses livros cujo objecto é um
João César das Neves (economista e professor universitário na Católica) opina hoje no Destak sobre ... SEXO! O título da coluna de opinião é “Sexo à esquerda” e JCN discorre sobre uma notícia de um discurso que o primeiro ministro fez em Leiria no passado dia 13. Diz JCN que, nessa notícia, há uma passagem muito reveladora e transcreve: “Para aqueles que acusam o PS de não ter políticas de esquerda, Sócrates deu o exemplo de três leis: a Lei da Paridade, a Lei da Procriação Medicamente Assistida e a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez” . “Esta declaração é insolita”, afirma JCN e justifica: “O elemento mais surpreendente é que os três diplomas que, na sua (do primeiro ministro) opinião, manifestam a especificidade política do Executivo nada têm a ver com os reais problemas do país. Estamos a passar por um período difícil, com exigentes desafios e decisões a enfrentar. Mas os ministros expressam a sua orientação ideológica só em pontos menores, todos relacionados com o sexo . O
Morreu Kurt Vonnegut . Nunca tinha ouvido falar nele, e agora estou com vontade de saber coisas. O seu último livro “A Man Without a Country” de 2005 (" Um homem sem pátria ", Tinta da China, 2006) termina com o seguinte poema. Requiem When the last living thing has died on account of us, how poetical it would be if Earth could say, in a voice floating up perhaps from the floor of the Grand Canyon, “It is done.” People did not like it here. Tenho mesmo muita vontade de conhecer melhor o senhor.
A autoridade em Portugal está pelas ruas da amargura arrastada pela amargura das ruas por onde se passeia uma comunicação social cada vez mais sensacionalista. O mais recente "caso" Jornal Público vs. Sporting é mais um exemplo elucidativo e preocupante. E a minha preocupação reside no facto de ser o Jornal Público; se fosse o 24 Horas, de facto, não estaria tão preocupado. Um por um, acabam os orgãos de comunicação social em que podiamos confiar. As repercusões da decisão do STJ, convenientemente amplificadas pelo jornal (o próprio), foram de tal ordem que pudemos ouvir as mais violentas reacções vindas de pessoas que eu tinha por inteligentes e bem formadas. Acontece que sempre me pareceu que os juizes do STJ (tal como todos os outros) não seriam os idiotas que me estavam a fazer crer as tais pessoas, mas de facto, tudo apontava para que fossem. Falei do assunto com um amigo, juiz, que me fez o favor de elucidar sobre alguns pormenores relacionados com o caso. Segue o email
A amizade é ... Pode ler-se aqui um post sobre a importância de ter amigos. O autor do post dá eco a um estudo publicado na revista Veja e reproduz algumas, não sei se todas as, conclusões. São elas: a - Durante a adolescência, passamos mais de 30 por cento do nosso tempo com amigos. Na vida adulta, menos de 10 por cento. b - Ao longo da vida, acumulamos cerca de 400 amigos. Mas mantemos contacto com menos de 10 por cento deles. c - Temos uma ligação directa, em média, com pelo menos 30 pessoas. Destas, só seis são consideradas amigos próximos. d - Quem tem um melhor amigo no escritório é sete vezes mais criativo no trabalho. e - Quem tem um sólido círculo de amigos é 70 por cento mais feliz no casamento. f - A tensão arterial das pessoas mais solitárias é três vezes mais alta do que a das que vivem acompanhadas. g - Acima dos 65 anos, há três vezes mais mortes entre os solitários do que entre os que convivem regularmente com amigos, parentes ou cônjuges. Eu não tenho nada contra estat
Mudanças! Que as coisas mudem; que os promotores queiram mudar o patrono ; eu até nem sei se isso é uma coisa assim muito má. O que me espanta é que os promotores (Casino Estoril), com a mudança, não se apercebam de que, ao contrário do que suspeito ser a sua intenção, estão a desrespeitar, não o Fernando Namora (se é que tal coisa é possível) mas, a própria Agustina (graças, graças ainda viva) e que se saberá patrona a prazo de um prémio literário. É ridículo, pois é.
A Floribela terminou hoje. Andaram meses a encher couriços: não havia meio de o príncipe e a criadita realizarem o seu amor. Eis que quando finalmente, depois de todos os avanços e recuos, o casalito se decide, o dito príncipe morre num acidente. Nada contra uma Cinderela com final heterodoxo; afinal era o final do suplício. Pensava eu. Como o enchimento de chouriços já começava a raiar o absurdo (até as minhas filhas de 8 e 10 se começavam a fartar daquilo) mas o negócio valia apena, a produção resolveu fazer o príncipe "voltar" do céu e encarnar no corpo do coitado que, assim não quis o destino, deveria ter morrido na sua vez. Está pois assim garantido o enchimento de mais chouriços durante largos meses na tão esperada, e adivinhada, sequela. Eu é que não caio noutra: SIC, proibição total e absoluta; vão chamar estúpido a outro, apre!!!!
"Não há passos divergentes para quem se quer encontrar." Jorge Palma
NÃO PASSARÁ!!! A OPA da SONAE sobre a PT morreu antes de se saber se o mercado estava interessado no negócio. O estado manteve-se neutro: o seu representante ausentou-se da sala na altura da votação. A desblindagem dos estatutos, condição necessária, foi chumbada com, entre outros, os votos da Caixa Geral de Depósitos. Parece que os acionistas que votaram contra estão contentes com os resultados da empresa. Estão também contentes com as promessas do Dr. Granadeiro de distribuir 6000 milhões de euros pelos accionistas até 2009 ou coisa que o valha. Segundo andou a pregar o queixoso Dr. Granadeiro, a empresa está "parada" há quase um ano. Ainda assim, os resultados foram bons e até dá para distribuir 6000 milhões de euros. NOTAS: - 6000 é basicamente metade dos 11800 que a SONAE estava disposta a desembolsar pela totalidade do capital. Realmente assim ... é negócio: recebem 6000 e mantêm as acções. - o estado manteve-se neutro já que a CGD é, como se sabe, uma empresa marroquin
Afirmación, Manuel Clemente Ochoa UMA AFIRMAÇÃO ?A que temperatura lá fora acontece isso dessa lista; ?Onde estava aquilo que a cresceu agora mais tarde; ?Que é de mim embora pouco importe então como aqui. Significado não é atributo das coisas eu sei mas ?não é viver acumular a quem perguntar mais do que tempo? David Fernandes
O dia seguinte Na abertura das jornadas parlamentares do PS, esta tarde, Alberto Martins, tratou também de reafirmar os avisos aos partidos da oposição e aos movimentos cívicos : ninguém vai fazer a nova lei pelo partido socialista. «Não haverá naturalmente aconselhamentos obrigatórios, à revelia do que foi o mandato popular », frisou ainda. «uma vitória do progresso e da modernidade, uma vitória do grupo parlamentar », considerou ainda o mesmo senhor. Este era precisamente o meu receio, único degrau que tive que transpor para votar SIM no passado Domingo. O senhor Martins está a um passo de transformar esse degrau em sapo que hei-de engolir. Não senhor Martins, não foi uma vitória do grupo parlamentar; foi de todas as pessoas, associadas em grupos ou não, que lutaram pelo SIM; foi das mulheres portuguesas em particular e de Portugal em geral. Não haverá aconselhamento obrigatório? Por acaso até não sei porque não há-de haver. Mas, " à revelia da vontade popular " ?!?!?!? Não
Da amizade Os “voos da CIA” ainda são notícia. Desde sempre me pareceu razoável e até plausível que tal coisa tenha de facto acontecido. Afinal, os EUA são um estado amigo de Portugal e não me espanta que tais cumplicidades se estabeleçam entre “amigos”. A insistência na questão advém de lutas políticas caseiras (especialmente de tipo fratricida) mais do que outra coisa qualquer; a “ilegalidade” é apenas máscara. Atrocidades muito mais graves são diáriamente cometidas contra inocentes (não alegadamente inocentes) e ninguém lhes passa cartão. Adiante. Ora, se é plausízel que aquelas cumplicidades acontecem, a minha dúvida é a seguinte e de fácil resposta: Quem é mais amigo de Portugal: eu ou os EUA? Correrei riscos ao, por exemplo, criticar abertamente o Senhor Bush? Estarei a salvo daquele tipo de amizade entre estados? Poderei contar com Portugal? Não adianta ter medo se só posso contar comigo e com os meus, que como eu são menos amigos de Portugal do que os EUA.
Conjectura número tal A verdade é que, de tudo o que não tem utilidade, talvez apenas de ti me seja difícil prescindir; ainda que saiba perfeitamente que te bastas, ou assim me parece e desejo. E esse facto preocupa-me; digo, ter contacto apenas com o que utilitário, me permite viver com conforto. Se a felicidade existe é coisa de grande inutilidade e desconforto; já uma conjectura ainda terá algum uso ... e explicação.
Sim, porque não, ou ... não, porque sim. No canhoto já o haviam dito, eu concordo e verifica-se: a campanha do SIM é uma lástima. Veja-se este cartaz. Mas, mas: sim?!?!? Ahh! Não. Isto é: NÃO à abstenção para manter o aborto clandestino ... e para isso deve votar-se SIM. ... clarinho como água. Ou ainda mais claro: Não se abster é ir votar, certo?? Independentemente do "lado". Ou não? ... pffiiiiiiu que assim a coisa tá preta. Eu cá não percebo puto de marketing e/ou publicidade mas parece-me, no mínimo, hilariante. Mas a "coisa" tá armada à partida, digo, na própria formulação da pergunta sobre a qual vamos votar; basicamente o que nos vão perguntar é: "Acha que não é crime interromper a gravidez .....?" Como é que se deve responder? Não, acho que não é. Sim, acho que não é. Confesso; estou baralhado. Assertivo (Lat. assertivu ), adj . Que encerra acerto; afirmativo.
Eu, tu, ele, nós, vós, eles Li há pouco dois argumentos de um defensor do NÃO que ainda não conhecia (os argumentos, que o adepto continuo a não conhecer). São eles: “Coloquemo-nos na pele do outro; coloquemo-nos na pele do embrião que já sente e tentemos imaginar o que será sermos cortados em pedaços a sangue frio ou envenenados. E não é um embrião qualquer, é o nosso futuro filho.” “Acho que se trata verdadeiramente de um crime horrendo (matar o próprio projecto de filho!)e não compreendo como é possivel que se faça.” Ora não “compreende como é possível que se faça” mas, ao usar isso como argumento, mostra que crê que compreende tudo o que há para compreender. Aqui está o cerne de uma questão infelizmente presente neste como em todos os referendos e eleições: o EU quando o que faz falta é pensar o NÓS, principalmente no que isso tem de não-EU. Apetece devolver o conselho: “coloquemo-nos na pele do outro”; não do embrião que isso parece ser muito difícil; é bem mais fácil: “coloque-s
ESPIRAL quantos como eu um agente secreto muito incompetente - espião ao contrário de um país que é e nada.
"Quem muda seus males estuda" Mudei o aspecto da coisa e os comentários foram-se. Não eram muitos mas eram bons e queridos. Enfim. Eram tantos que, não só mas também por isso, me lembro de cada um deles. Obrigado.
Pelo SIM à despenalização da IVG ou pelo SIM ao aborto, resumindo: pelo SIM, seja lá por que motivo for. O referendo à despenalização da IVG está a dar que falar e está a custar-me perceber porquê; sinceramente. Não é óbvio que não se pode julgar uma mulher que recorre à IVG? Não é óbvio que um dentista sem habilitações é um criminoso? Não é óbvio que despenalizar pode significar tudo menos combater a clandestinidade? Não é óbvio que o recurso a “clínicas” de vão-de-escada não tem nada a ver com penas, tão pouco com dinheiro? Não é óbvio que despenalizar não significa incentivar? Não é óbvio que os números apresentados por gregos e troianos não têm a mais pequena hipótese de confirmação? Não é óbvio que uma IVG não poderá estar sujeita a lista de espera? Não é óbvio que há problemas de saúde pública de resolução muito mais urgente? Não é óbvio que uma gravidez é evitável e até (já) interrompível? Não é óbvio que o assunto diz respeito à mulher como ao homem? Não é óbvio que as questões