Eu, tu, ele, nós, vós, eles
Li há pouco dois argumentos de um defensor do NÃO que ainda não conhecia (os argumentos, que o adepto continuo a não conhecer).
São eles:
“Coloquemo-nos na pele do outro; coloquemo-nos na pele do embrião que já sente e tentemos imaginar o que será sermos cortados em pedaços a sangue frio ou envenenados. E não é um embrião qualquer, é o nosso futuro filho.”
“Acho que se trata verdadeiramente de um crime horrendo (matar o próprio projecto de filho!)e não compreendo como é possivel que se faça.”
Ora não “compreende como é possível que se faça” mas, ao usar isso como argumento, mostra que crê que compreende tudo o que há para compreender.
Aqui está o cerne de uma questão infelizmente presente neste como em todos os referendos e eleições: o EU quando o que faz falta é pensar o NÓS, principalmente no que isso tem de não-EU.
Apetece devolver o conselho: “coloquemo-nos na pele do outro”; não do embrião que isso parece ser muito difícil; é bem mais fácil: “coloque-se cada um na pele de um semelhante a si”. E não só neste referendo mas em todos os referendos e eleições que venham a acontecer.
Com o tempo aprenderemos a fazer isso durante o resto do tempo também.
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