A maravilha dos livros
Há livros que maravilham. Uns inteiros outros menos. Algumas vezes nem se sabe bem porquê. É assim.
"Hoje não" do José Luís Peixoto, editado pelas Quasi(1) e distribuido baratinho com a revista Sábado(2) reune seis contos, cinco deles anteriormente publicados no Jornal de Letras, apresentando este volume versões revistas dos mesmos.
Este livro, não é um daqueles que maravilha inteiro, tão pouco é daqueles que deixa marca nas células do corpo que nasceram durante a sua leitura.
Seja como for é um livro delirante, absolutamente delirante. Veja-se bem o que podemos ficar a saber ao lê-lo:
"O que fazer quando se recebe um avião comercial de passageiros"
"Hoje não" do José Luís Peixoto, editado pelas Quasi(1) e distribuido baratinho com a revista Sábado(2) reune seis contos, cinco deles anteriormente publicados no Jornal de Letras, apresentando este volume versões revistas dos mesmos.
Este livro, não é um daqueles que maravilha inteiro, tão pouco é daqueles que deixa marca nas células do corpo que nasceram durante a sua leitura.
Seja como for é um livro delirante, absolutamente delirante. Veja-se bem o que podemos ficar a saber ao lê-lo:
"O que fazer quando se recebe um avião comercial de passageiros"
"Como reagir à queda súbita de todos os dentes"
"Como comunicar com a melhor poetisa do Quirguistão"
"Quem inventou o :)"
O que me leva a escrever algo sobre este livro são duas frases (duas!!!) no conto ":-) e :-(", precisamente o único inédito.
"Inclinando-me pela janela, conseguia ver os carros que se sucediam na Avenida da Igreja. Compará-los a sangue nas artérias seria uma comparação evidente, de tom algo grosseiro, mas exacta."
O conto não seria diferente sem estas frases; é um facto. Mas estão lá e ainda bem. Podia parar a leitura; estou satisfeito.
Fico maravilhado com o óbvio; com o desnecessário. Um livro deve ter aquilo que é preciso que tenha; dê lá por onde der.
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O que me leva a escrever algo sobre este livro são duas frases (duas!!!) no conto ":-) e :-(", precisamente o único inédito.
"Inclinando-me pela janela, conseguia ver os carros que se sucediam na Avenida da Igreja. Compará-los a sangue nas artérias seria uma comparação evidente, de tom algo grosseiro, mas exacta."
O conto não seria diferente sem estas frases; é um facto. Mas estão lá e ainda bem. Podia parar a leitura; estou satisfeito.
Fico maravilhado com o óbvio; com o desnecessário. Um livro deve ter aquilo que é preciso que tenha; dê lá por onde der.
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(1) Edições Quasi
(2) Revista Sábado
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