Escolhas e reinvenções
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O personagem que diz isto, gravemente doente, vive momentos de extrema dor física, que descreve como uma "dor de incandescência branca", e reflecte sobre como essa dor "não é mais do que a exacta medida das forças que mantêm este corpo inteiro", que permitiu a sua existência, para concluir que "a morte e a vida são na verdade coisas INAUDITAS".
Sou levado a pensar que talvez o apreço pela existência (e não digo vida) seja inversamente proporcional ao número de escolhas possíveis, tal como este personagem que na pouca "liberdade" que ainda possui procura, não tanto uns segundos de "alívio", mas a probabilidade de futuro, inaudito e imune a qualquer escolha: "não desistimos, recomeçamos", diz ele.
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