Acredito que todas as coisas tenham um nome, uma palavra que vale pela coisa e que no discurso a substitui com propriedade.
Ontem à noite ocorreu-me a ideia de que todas as coisas terão (como os gatos do T. S. Eliot) um outro nome. Um nome especial, invisível à maior parte de nós, mas claramente visível aos olhos de uns poucos felizardos. Talvez aos de alguns poetas, por exemplo.
Este outro nome deve ser capaz de representar a coisa, tal como o primeiro, mas de forma mais completa: indirecta, longa. De um modo tal que para chegarmos à coisa, nos seja obrigatório ?ver? algo mais do que a memória fotográfica dela que o nosso cérebro astutamente armazena mesmo por cima da legenda com o seu nome.
Explico.
Foi durante o jantar de ontem, dia 25 de Agosto.
Não sei precisar sobre do que se falava. Sei apenas que de repente, a Inês, que tem 5 anos e entra na escola primária este ano, se lembrou de uma visita de estudo que a sua turma fez ao, palavras dela:
- Jardim zoológico dos carros antigos.
Perante o nosso (pais) momentâneo espanto ela tenta explicar:
- Hum! Não. É o ... o ... importes ou qualquer coisa assim.
A mãe decifrou (as mães decifram):
- O Museu dos Transportes??
- Isso mesmo. - confirmou a Inês.
A Inês apenas se enganou (não tenho, quase, dúvidas) mas, assim ou não, o facto de na sua cabeça se ter formado aquela maneira de nomear um MUSEU DE TRANSPORTES deu-me que pensar.
Antes de mais porque ela conseguiu memorizar, não o nome correcto da coisa, mas a própria coisa em si, a ideia que fez da coisa.
E qual terá sido essa ideia?
CARROS ANTIGOS percebe-se que quase equivale a MUSEU DOS TRANSPORTES.
Mas JARDIM ZOOLÓGICO....
Ter-lhe-á parecido o Jardim Zoológico (o outro - o normal) uma espécie de museu de animais?
Ter-lhe-á parecido um sítio onde se guardam seres que não estando mortos muitas vezes como tal são tratados?
"Raisparta" a moça. Querem ver que vai ser mesmo poeta?
Ontem à noite ocorreu-me a ideia de que todas as coisas terão (como os gatos do T. S. Eliot) um outro nome. Um nome especial, invisível à maior parte de nós, mas claramente visível aos olhos de uns poucos felizardos. Talvez aos de alguns poetas, por exemplo.
Este outro nome deve ser capaz de representar a coisa, tal como o primeiro, mas de forma mais completa: indirecta, longa. De um modo tal que para chegarmos à coisa, nos seja obrigatório ?ver? algo mais do que a memória fotográfica dela que o nosso cérebro astutamente armazena mesmo por cima da legenda com o seu nome.
Explico.
Foi durante o jantar de ontem, dia 25 de Agosto.
Não sei precisar sobre do que se falava. Sei apenas que de repente, a Inês, que tem 5 anos e entra na escola primária este ano, se lembrou de uma visita de estudo que a sua turma fez ao, palavras dela:
- Jardim zoológico dos carros antigos.
Perante o nosso (pais) momentâneo espanto ela tenta explicar:
- Hum! Não. É o ... o ... importes ou qualquer coisa assim.
A mãe decifrou (as mães decifram):
- O Museu dos Transportes??
- Isso mesmo. - confirmou a Inês.
A Inês apenas se enganou (não tenho, quase, dúvidas) mas, assim ou não, o facto de na sua cabeça se ter formado aquela maneira de nomear um MUSEU DE TRANSPORTES deu-me que pensar.
Antes de mais porque ela conseguiu memorizar, não o nome correcto da coisa, mas a própria coisa em si, a ideia que fez da coisa.
E qual terá sido essa ideia?
CARROS ANTIGOS percebe-se que quase equivale a MUSEU DOS TRANSPORTES.
Mas JARDIM ZOOLÓGICO....
Ter-lhe-á parecido o Jardim Zoológico (o outro - o normal) uma espécie de museu de animais?
Ter-lhe-á parecido um sítio onde se guardam seres que não estando mortos muitas vezes como tal são tratados?
"Raisparta" a moça. Querem ver que vai ser mesmo poeta?
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