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A mostrar mensagens de agosto, 2009

Anibal Beça (1946-2009)

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Anibal Beça, nascido a 13 de Setembro de 1946, faleceu hoje, 25 de Agosto de 2009 ANIBAL BEÇA é o nome literário de ANIBAL AUGUSTO FERRO DE MADUREIRA BEÇA NETO, poeta, tradutor, compositor, teatrólogo e jornalista, nasceu em Manaus, na Amazônia brasileira, em 13 de setembro de 1946. Trabalhou como repórter, redator e editor, em todos os jornais de Manaus. Foi diretor de produção da TV Cultura do Amazonas, Conselheiro de Cultura, consultor da Secretaria de Cultura do Amazonas. Vice-presidente da UBE-AM União Brasileira de Escritores, presidente da ONG “Gens da Selva”, onde atualmente exerce o cargo de vice-presidente, bem como de presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Amazonas e presidente do Conselho Municipal de Cultura;.é membro da Academia Amazonense de Letras. Neste ano de 2009, completa 43 anos de atividade literária e 45 de atuação na música popular, tendo vencido inúmeros festivais de MPB por todo o Brasil. Em 1994 recebeu o Prêmio Nacional Nestlé, em sua sexta versã...

25 - Massarelos

Está uma chuvinha tão miúda que não cai; rodopia ao sabor de um vento ainda inútil, incapaz de incomodar uma folha por mais minúscula ou desacertar nem que seja um pouco mais o já desacertado voo de uma borboleta se as houvesse por aqui. Um velho ao meu lado tosse com um esforço arrastado e escarra sem parar num lenço que nem me atrevo a olhar; o motorista enfadado tem ambas as mãos cerradas a apoiar o queixo, cotovelos nas coxas. - Nem imagina o que vão fazer no terreno da antiga fábrica da sardinha! O Canário no livro à minha espera e o motorista a fingir - Pois é; a Bininha já falou nisso. - Já viu?? Então ... O Canário a desistir e deixar-me ouvir ... como é que se autoriza uma coisa assim? Doze andares? Doze?!? Diz que lá para o Natal do ano que vem estará pronto, cheio de gente nova, e velha, gente com dinheiro pois claro. E os que cá estavam cá estarão caladinhos como ratos, que são piores que ratos, cá mais p'ra trás a ver o rio por um canudo. Vota a gente p'ra isto. Ap...

Páginas inesquecíveis

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Extracto de “O chão que ela pisa” de Salman Rushdie «A honestidade na vida não é a melhor política. Só, talvez, na arte. A morte não é a única partida e, no meu novo papel de fotógrafo de partidas, desejava documentar algumas partidas mais quotidianas. No aeroporto, espiando o desgosto das despedidas, eu buscava o único rosto sério no meio da chorosa multidão. À saída dos cinemas estudava os rostos daqueles que saíam dos seus sonhos para a dura realidade, com os olhos ainda cheios de ilusões. Procurei encontrar histórias e mistérios nas idas e vindas nos átrios dos grandes hotéis. A partir de certa altura deixei de perceber porque é que fazia tais coisas e foi a partir daí, creio eu, que as fotografias começaram a ser melhores, porque deixaram de ser a meu respeito. Tinha aprendido o segredo de me tornar invisível e de desaparecer no meu trabalho.»