Valores para o nosso tempo Ando sempre atrasado. Sempre. Só por estes dias me tenho entretido com o livro “Impasses” - aquele ali - e confesso: estou rendido à sua clareza, ao seu “despreconceito”, à coragem dos autores. É uma daquelas obras brilhantes, de interrogação, de convite à abertura de espírito, de convite ao pensamento LIVRE. Notável. Deu-me para pesquisar reacções ao dito livro e claro – confesso aqui um cheirinho de preconceito - já sabia o que iria encontrar. A maioria das críticas aparecem em blogs (quer sob a forma de posts quer sob a forma de comentários) e em meia dúzia de linhas (às quais terão dedicado alguns minutos - em duas penadas portanto) pretendem contrariar – com ou sem argumentos - o que os autores procuram dizer num livro ao qual terão dedicado, no mínimo, algumas semanas; enfim. Não me parece que se possa categorizar estas críticas como má fé; são apenas fruto de “indigência intelectual”. Já quanto a um artigo que encontrei no Esquerda (1), bom, má fé pen...
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A mostrar mensagens de junho, 2007
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O meu chapéu cinzento é um livrinho admirável de Olivier Rolin e compra-se por 1.50€ O texto da badana diz: "O Meu Chapéu Cinzento, de Olivier Rolin, transporta-nos, numa extraordinária viagem, da Alexandria de Cavafy e Durrell à Lisboa de Fernando Pessoa, à Atenas de Melina Mercouri, à Goa de Tabucchi, aos Açores de Antero e dos pescadores de baleias... Recusando embora a classificação de escritor de viagens, Rolin demonstra aqui, porém, a velha e frutuosa ligação que a viagem e a literatura estabeleceram desde que Homero fez Ulisses voltar a Ítaca..." Para abrir o apetite: "... as viagens não são mais do que veleidades de exílios, tal como há suicídios falhados." "As línguas são monumentos tão interessantes como as Pirâmides ou o Parténon. Por que não havemos de visitá-las? Não traríamos delas recordações?" "... Cavafy escreveu isto, que não tem nada de genial: é simplesmente bastante verdadeiro." "Lemos um desses livros cujo objecto é um...