A delicada arte de soltar (*)
«Atingir o alvo é algo secundário para os kyudokas, pelo menos inicialmente. Na arte tradicional japonesa de tiro ao arco, o período formativo de um arqueiro é passado a conciliar a técnica, o físico e o espírito. Os entusiastas do "arco e flecha" necessitam, acima de tudo, de duas qualidades: perseverança e paciência.» «Com o seu dedo indicador, Akira Sato desenha uma linha no tampo da mesa. Segue até uma extremidade que designa o alvo, o qual Sato determina por si próprio, apesar de saber que talvez nunca o atinja, pelo menos, a longo prazo. Porque o kyudo, uma arte tradicional de arco do Japão, é uma disciplina exigente, até mesmo para um professor altamente respeitado como é o seu caso.» (*) Parece tudo muito estranho e incompatível com aquilo a que se chama "sucesso", mas nem sequer foi esta estranheza que me chamou a atenção; foi coisa de linguagem, coisa de palavras. Aparentemente, há uma gralha no texto: "apesar de saber que talvez nunca o atinja [o al...