Ando a ler este livro com um atraso de dois anos e suspeito que não vou conseguir acabá-lo. Não porque seja difícil, ou terrível, ou triste, ou alegre, ou isto, ou aquilo; apenas porque não quero deixá-lo. Estou no bom caminho: ainda não comecei o segundo capítulo, página 27. Mas já acabei o primeiro, várias vezes. Não sei descrever o que me parece este livro. Deixo apenas uns recortes do pouco que já li, várias vezes: o primeiro capítulo. se estivemos juntos, foi pelo funeral da minha avó. acabado que estava o dia voltávamos para cada casa sozinhos e separados novamente, impedidos de julgar asneiras por coisas certas os dois ao mesmo tempo. haveria de ser à vez, cada um na sua vez, a decidir pelas asneiras. o que facilitava a vida dos adultos. fechei os olhos no caminho, mão dada à minha mãe a puxar por mim aos esticões. e o manuel estava à porta da sua casa, comprometido, a silenciar algo. pela primeira vez vi-o como um estranho, outra pessoa, não outra pessoa que não ele, mas simple
Uma espécie de, nem sempre, diário.